Análise do contexto económico e imobiliário para 2024

Análise do contexto económico e imobiliário para 2024

 

Análise do contexto económico e imobiliário para 2024

 

Neste artigo vai ser feita a análise do contexto económico e imobiliário para 2024, começando pelo contexto económico.

 

Contexto Económico

 

A economia portuguesa em 2023 teve um crescimento de 2,1%, contudo tudo indica que para 2024 haja um abrandamento, e desse modo projetando-se um crescimento de 1,2%. Esta estimativa é corroborada pelo Banco de Portugal e pelo Gabinete de Estudo Económicos do Ministério da Economia, a trajetória decrescente resulta ainda da inflação, das elevadas taxas de juro, o que tem conduzido a economia a situações de pressão, nomeadamente O aumento dos preços dos bens e das matérias-primas, conjugado com o cenário de crise energética sempre eminente e dos conflitos mundiais.

A evolução da economia na zona euro projeta-se para 2024 com uma ligeira variação estimada em 0,8% (TVA – taxa de variação média anual). A nível nacional os principais impactos resultantes da conjuntura e das políticas internas adotadas, podem ser resumidas:

– Ajustamento dos preços com ligeiro aumento/atualização em geral;

– Continua redução da inflação sobre o rendimento real das famílias;

– Ligeiras descidas das taxas de juro de referência na zona euro;

– Incerteza na dinâmica da atividade económica em 2024.

 

Contexto do Setor Imobiliário

 

Depois de um ano conturbado no sector imobiliário em geral, provocado pelo abrandamento económico, pelo efeito da inflação no consumo e pelas subidas consecutivas da taxa de juro que servem de referência nos empréstimos bancários, ainda assim o setor imobiliário demonstrou grande resiliência e maturidade, mantendo boa dinâmica com operações relevantes a serem concretizadas.

A palavra de ordem foi a estabilidade dos preços, em específico o segmento residencial, onde os preços da habitação registaram robustez face à conjuntura. Não obstante, os fenómenos que geraram incerteza no mercado financeiro – subida das taxas de juro, também as medidas legislativas do pacote Mais Habitação e o Regime dos residentes não habituais.

Este setor é também aquele com mais procura pelos investidores, uma vez que serve de refúgio face à inflação numa ótica de poupança ou de rentabilidade do ativo imobiliário. Ajudando em certa medida a manter os valores relativamente estáveis com oscilações que permitem a correção provocada pela inflação em alguns casos e em determinadas localizações a aumentos significativos. A escassez de oferta nova e sofisticada foi também uma condição para que sobretudo, no setor residencial a procura e os preços aumentassem nos grandes centros urbanos.

Para o ano de 2024 que recebe ainda algum incremento nos primeiros meses, resultante dos últimos meses do ano anterior que como é sabido neste setor é um dos períodos mais ativo e dinâmico. Porém a incerteza no setor será dominante no primeiro semestre, pelas eleições legislativas no final do trimestre, desconhecendo-se ainda a configuração do próximo Governo e por conseguinte as linhas orientativas para a economia e o sector. Assim 2024 estará sempre condicionado pelo desempenho no segundo semestre que se espera com a normalidade possível.

 

Conclusões

 

– Os efeitos da atual situação são diretos e efetivos, numa economia aberta como é a portuguesa;

– O sector imobiliário alimenta-se de confiança e muitos investidores aguardam os resultados das eleições e políticas para o setor;

– O imobiliário tem comportamentos diferenciados por segmento imobiliário, assim é adequada uma abordagem casuística a cada imóvel, sobretudo em função da sua localização, segmento de mercado e condições afetas;

– O setor do turismo será atrativo para vários investidores nacionais e internacionais, com um grande número de hotéis em construção e com aberturas previstas para 2024 e 2025;

– O tema das certificações e sustentabilidade dos edifícios, assumirá um papel importante e diferenciador no setor, sobretudo para médios/grandes investidores;

– As políticas monetárias do Banco Central Europeu têm um papel fundamental, no controlo da inflação e na definição das taxas de juro referência (Euribor).

 

 

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