As casas do futuro e as novas premissas

Em maio de 2019, fazíamos uma publicação através da nossa newsletter, intitulada de “as casas do futuro e as novas premissas”...

— As casas do futuro e as novas premissas

Em maio de 2019, fazíamos uma publicação através da nossa newsletter, intitulada de “as casas do futuro e as novas premissas”, pelo que passado um ano nos pareceu oportuno voltarmos ao tema e fazer uma reflexão/análise sobre o mesmo, mas numa perspetiva da situação atual. Na altura fazíamos destaque aos temas relacionados com eficiência energética, envelhecimento da população e domótica, desta vez focamos nas implicações da atividade profissional em ambiente habitacional.

Passado um ano, reiteramos os aspetos apontados na altura, mas acrescentamos uma perspetiva atualizada uma vez que o mundo mudou, permitindo que algumas empresas testassem/confirmassem a possibilidade de funcionarem em pleno com os seus colaboradores em regime de teletrabalho, o que em algumas famílias levantará um problema de redefinição da necessidade de espaço ou alteração de layout numa lógica de convivência entre família vs trabalho num mesmo local/espaço. Nesse sentido um dos desafios que se coloca de ora em diante, será a convivência na mesma habitação das funcionalidades habitacional e escritório, pois algumas empresas iram permitir ou mesmo impor que os seus colaboradores passem a trabalhar em regime de teletrabalho. Este conceito pode criar um nicho no segmento médio/alto do mercado residencial, sobretudo nos cómodos e espaços dedicados a cada atividade ou em alternativa algo híbrido que permita assegurar uma feliz convivência entre atividades que se querem distintas.

Assim, o aspeto flexibilidade do espaço terá implicações no layout, áreas e distribuição das habitações no futuro próximo, será necessário assegurar nalguns casos a conveniência entre várias funções das pessoas que compõem o agregado familiar. Numa convivência e partilha que se quer sã, promovendo a produtividade desejada profissionalmente e assegurando a feliz vivência dos elementos da família e de todas as suas atividades do dia a dia. O conceito de casa/trabalho num mesmo local, implicará mudanças no modo como as mesmas são projetadas e os espaços concebidos, sobretudo na separação que deverá existir entre atividade profissional e profissional, e num equilíbrio que se quer seja saudável.

A mudança para habitação de tipologia superior é uma das soluções que se vai pontualmente assistindo por parte dalgumas famílias, resolvendo deste modo a situação da funcionalidade. Contudo quase sempre isso implica um esforço financeiro acrescido às famílias, pelo que no futuro o desafio neste nicho será desenvolver espaços habitacionais ou de condomínio pensados de raiz com soluções que compreendam estas realidades, aspeto que para algumas famílias será certamente diferenciador na compra de habitação.

As casas do futuro e as novas premissas

MERCADO IMOBILIÁRIO

— As casas do futuro e as novas premissas

Recentemente marquei presença na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, para assistir à discussão de vários assuntos sobre o imobiliário, do qual destaco os temas debatidos e apresentados no dia 11 de abril, tais como: “Dos edifícios inteligentes às cidades inteligentes.

Quais os desafios de futuro que enfrentam os promotores imobiliários? O que é uma moda e o que é essencial…. quais as tecnologias de futuro e como a mobilidade elétrica vai mudar a forma dos espaços em que vivemos e trabalhamos?”

Com base nessa visita e da minha análise critica posterior, resolvi fazer este artigo sobre as casas do futuro e a avaliação das mesmas, desenvolvendo o tema nos próximos parágrafos.

Foco-me no segmento residencial que é aquele que mais tem evoluído e maior dinâmica tem evidenciado, mas sobretudo porque é esse o que mais impacto tem nas famílias e que maiores alterações e mudanças deverão ter no futuro.

O conceito de casa tem estado em constante evolução e, atualmente, já não se aplica a máxima de uma casa para sempre. Essas mudanças decorrem sobretudo no tamanho/área das mesmas e nas tecnologias/equipamentos.

Na minha ótica e de alguns especialistas, as alterações a considerar nas casas do futuro têm de prever os seguintes aspetos:

– Sustentabilidade e eficiência energética;

– Flexibilidade e mudanças sociais como o envelhecimento da população;

– Procura dos clientes pelas casas conectadas e inteligentes.

Estas tendências vão requerer mudanças no processo construtivo e de produção na indústria da construção, com a automatização dos processos, produtos/materiais de confiança que garantam a sua utilização diária e duradoura. Estará o setor/industria da construção preparado para esta mudança!

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